Livros
Bibliotecári@s Negr@s
ação, pesquisa e atuação política
Franciéle Carneiro Garcês da Silva e Graziela dos Santos Lima
Organizadoras
A sagacidade das questões apresentadas em Bibliotecári@s negr@s: ação, pesquisa e atuação política indica novas estratégias para enfrentamento histórico do racismo nos marcos da ampliação da presença negra no campo da Ciência da Informação e áreas correlatas. A multiplicidade de pontos de vista que compõe os capítulos entusiasma pela potência do vasto repertório de questões enfrentadas. Trata-se de um projeto coletivo de religação de saberes ancestrais e insubmissos urdidos pelo pertencimento étnico-racial no campo da Ciência da Informação. O trabalho preenche, certamente, uma lacuna de conhecimentos sistemáticos sobre o tema na área. Uma referência incontornável.
Maria Aparecida Moura
Professora Titular da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
O Protagonismo da Mulher na Biblioteconomia e Ciência da Informação
Franciéle Carneiro Garcês da Silva e Nathália Lima Romeiro
Organizadoras
A presença das mulheres no campo da Biblioteconomia e Ciência da Informação (BCI) brasileira é incontestável e longeva. Entretanto, do ponto de vista autoral e temático, esse protagonismo é bem mais recente. Isso se deve em certa medida às controvérsias históricas acerca da orientação e dos propósitos científicos do campo. O caráter, por vezes, rarefeito das marcas identitárias no âmbito da BCI acabou por torná-la refratária ao potencial de agência advindo das questões de gênero e suas implicações na performatividade dos sujeitos sociais. Evidentemente, essas tendências não se firmaram sem crítica, resistência e desdobramentos. Em uma visada histórica, nota-se que a realidade brasileira é plena de circunstâncias em que a perspectiva das mulheres ofereceu possibilidades de rupturas com o status quo e ensejou transformações sociais efetivas. E, enquanto redijo esse texto, a realidade lá fora, dá mostras do quão importante é a atuação das mulheres para a consolidação da democracia no Brasil. As autoras e autores dos textos que compõem esse volume nos instigam e tecem os fios condutores das diferentes contribuições e agendas assumidas pelas mulheres em nossa história recente. Trata-se de um repertório amplo de questões, demarcado pela pluralidade de pontos de vista e em consonância e articulação com a especificidade da presença das mulheres na BCI.
Maria Aparecida Moura
Professora Titular da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Epistemologias Negras
Relações raciais na Biblioteconomia
Danielle Barroso
Elisângela Gomes
Erinaldo Dias Valério
Franciéle Carneiro Garcês da Silva
Graziela dos Santos Lima
Organizadoras e Organizador
Somos permeadas (os) pela oralidade, presente no preparo de um alimento em uma refeição do cotidiano ou para o nosso orixá. O afeto e o tato no cuidado com os cabelos, o trançado que entrecruza fios e histórias de gerações, o respeito aos mais velhos, aos nossos griots e nossas griottes. São vivências que contam a nossa história por um outro viés narrativo de resiliência em terras brasileiras e não de submissão escrava, de um processo de (re)existir não individual, mas em comunidade, com princípios e fundamentos de partilha e não de disputa. Portanto, escrever a partir desse lugar é travar uma luta contra o epistemicídio que é fortalecido por inúmeras estratégias racistas de impedimento da nossa existência em lugares de construção do saber. Educadas (os) com esses valores é que procuramos nos integrar socialmente e com os nossos na busca pelo diálogo, respeito e alteridade.
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Organizador@s
Mulheres Negras​
na Biblioteconomia
Franciéle Carneiro Garcês da Silva
Organizadora
A obra Mulheres Negras na Biblioteconomia vem contribuir para um crescente movimento de pesquisadoras e pesquisadores negros de demarcar e fortalecer o seu espaço na Biblioteconomia e na Ciência da Informação, bem como consolidar a importância da luta antirracista e do respeito à diversidade étnico-racial e cultural [...]
O protagonismo desta obra é, obviamente, o da MULHER. Escrevo mulher com todos os destaques possíveis, para que esses recursos tipográficos possam, de alguma maneira, representar o peso que essa palavra evoca.
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Profa. Dra. Ana Paula Meneses Alves
Universidade Federal de Minas Gerais
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Do invisível ao visível​
saberes e fazeres das questões LGBTQIA+ na Ciência da Informação
Nathália Romeiro
Carlos Wellington
Bruno Almeida
Organizadora e Organizadores
Este livro tem como essência e missão dar visibilidade às questões LGBTQIA+ no âmbito da Ciência da Informação. Assim, para destacarmos o protagonismo desta população, as autoras e autores dos capítulos que compõem esta obra são pesquisadoras/es e profissionais da informação pertencentes à comunidade LGBTQIA+. [...]
Entendemos que a CI se trata de uma ciência recente (emergiu em meados do século XX), que reflete e revisa as linhas teóricas e epistemológicas utilizadas, o objeto de estudo (a informação) bem como também desenvolve novas teorias e práticas para a sociedade. Apesar disso, identificamos que ainda é necessário ampliar discussões e visibilizar sujeitos informacionais. Acreditamos que através dos diálogos, do ativismo, da ciência e da prática profissional, será possível desconstruir estereótipos, preconceitos, ódio e discriminação direcionados à população LGBTQIA+.
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O protagonismo da
MULHER
na​ Arquivologia, Biblioteconomia,
Museologia e Ciência da Informação
Franciéle Carneiro Garcês da Silva e Nathália Romeiro
Organizadoras
​​A leitura desta obra nos inspira – e nos chama à consciência - sobre a urgência de aprofundar as abordagens contemporâneas das áreas supracitadas com base em perspectivas feministas e de masculinidades não hegemônicas. E ainda, a contemplar outras epistemologias (aprendendo que existe o Sul - e também, a aprender a partir do Sul - como sugeriu Boaventura de Sousa Santos).
Nessa direção, a importância de um agir alinhado com a equidade de gênero repercute na transformação política do tecido social, instigando atitudes e valores marcados pela alteridade, respeito e igualdade de direitos. Olhar para o protagonismo intelectual, profissional e social de mulheres no âmbito informacional coloca em cena discursos contrahegemônicos que combatem a exclusão, o machismo e o racismo presentes e institucionalizados no nosso cotidiano.
Assim, seguimos na resistência inventiva como força feminina que nos atravessa e nos dá potência para cocriar novos encontros e possibilidades de liberdade e de re-existir!
Profa. Dra. Daniella Pizarro
Universidade do Estado de Santa Catarina
Práticas e pesquisas de
Competência em Informação
Elisa Cristina Delfini Corrêa
Daniela Spudeit
Elizete Vieira Vitorino
Organizadoras
​​O livro PESQUISAS E PRÁTICAS DE COMPETÊNCIA EM INFORMAÇÃO, organizado por Elisa Cristina Delfini Corrêa, Daniela Spudeit e Elizete Vieira Vitorino, pesquisadoras brasileiras que apresentam um lastro de excelentes contribuições sobre o tema
“Competência em Informação” no nosso contexto, e que
tenho a satisfação de prefaciar, vem responder a uma demanda cada vez mais crescente do público brasileiro de diferentes áreas, em especial daqueles que se acham envolvidos direta ou indiretamente com a Ciência da Informação, Comunicação, Educação, Gestão da Informação e do Conhecimento, Filosofia, Sociologia etc. e que demonstram estar preocupados com as questões e espectros dessa competência, considerando-se a necessidade da consolidação dos princípios teóricos e práticos que a compreendem enquanto tema considerado representativo no contexto brasileiro.
Profa. Dra. Regina Celia Baptista Belluzzo
Bibliotecári@s Negr@s
informação, educação, empoderamento e mediações
Franciéle Carneiro Garcês da Silva
Graziela dos Santos Lima
Organizadoras
Com imensa satisfação tenho a incumbência de prefaciar esse segundo volume do livro “Bibliotecári@s Negr@s: informação, educação, empoderamento e mediações” que rompe definitivamente com a ideia de produção de conhecimento hegemônica ocidentalizante na Ciência da Informação. Os textos, ainda mais instigantes, refletem postura “crítica e autocrítica” no desenvolvimento da temática étnico-racial nos fazeres e saberes da Biblioteconomia, Arquivologia e Documentação tencionando e ampliando a discussão a respeito da alteridade da produção científica d@s pesquisador@s negr@s na construção das redes de seus saberes que, interconectados, engendram novas tessituras constitutivas e ampliam a visão sobre informação e negritude. Esta nova configuração da interação em rede permite-nos desenvolver o entendimento e compreensão do mundo acadêmico-profissional em que estamos inseridos, da nossa área de atuação profissional, das possibilidades de efetiva inserção dos sujeitos negr@s em nossas ações. Olhar a cultura africana e afro-brasileira na perspectiva de griôts desterrados que habitam o universo da produção brasileira na literatura, nas artes, na ciência e na construção da cultura da oralidade.
Profa. Dra. Ana Cláudia Borges
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Perspectivas atuais em Bibliotecas e Arquivos
Francilene Cardoso
Organizadora
A obra Perspectivas Atuais em Bibliotecas e Arquivos, estruturada sob a forma de coletânea, reúne trabalhos de profissionais que atuam em variados contextos no cenário nacional. A culminância desta publicação se constitui em um salutar ponto de convergência que agrega parte das temáticas discutidas durante o Workshop – Perspectivas Atuais em Bibliotecas e Arquivos, realizado em agosto de 2018 na cidade de São Luís, Maranhão, organizado pela Bibliotecária e Doutora em Serviço Social, Francilene do Carmo Cardoso.
A ideia de realizar um evento que pudesse discutir as práticas atuais em bibliotecas e arquivos, considerando a perspectiva de se ampliar para incluir as diversas possibilidades de atuação dos profissionais nos mais variados cenários, e ainda a possibilidade de apresentar aos antigos, recentes e futuros bibliotecários, a diversidade, os desafios e as possibilidades da contemporaneidade, foi o que motivou a realização do Workshop, que teve grande aceitação e procura do público local. A organizadora desta obra sempre esteve envolvida em trabalhos que abrangem a disseminação da informação nas mais diversas esferas, sendo o referido evento, mais uma de suas iniciativas nesse meandro. No entanto, apenas a realização desse evento não foi suficiente, era necessário dar materialidade àquela causa que urge no cenário biblioteconômico, era preciso que a semente germinasse, e a árvore pudesse crescer para gerar os frutos.
Nessa perspectiva, esta obra se coloca como uma contribuição necessária e iminente para o cenário profissional da Biblioteconomia, especialmente nos tempos atuais, nos quais lidamos com dificuldades do cenário político-econômico ao educacional e social, que eventualmente, dificultam que novas e boas ideias sejam plantadas e/ou colhidas, não apenas no contexto das bibliotecas e dos arquivos, mas nos mais diversos cenários. Desse modo, é ainda mais urgente que ações que visam levar informação e todo tipo de possibilidade de crescimento social sejam acolhidas, protegidas e incentivadas. Assim, seguimos unindo forças e enfrentando desafios em bibliotecas, arquivos e aonde mais a informação, a leitura, e o conhecimento possam ser o combustível que impulsiona o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária.
Luhilda Ribeiro Silveira
Bibliotecária/Documentalista do Núcleo Integrado de
Bibliotecas da Universidade Federal do Maranhão
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Diálogos sensíveis
Produção e circulação de saberes diversos
Claudia Mortari e Luisa Wittmann
Organizadoras
As narrativas presentes nessas páginas são insurgentes e insubmissas, marcando um lugar político-epistêmico que evoca simultaneamente ensinar e aprender, tão caro aos povos indígenas. Bem como a história da diáspora africana pelas Américas, mas também no próprio continente africano após os horrores do tráfico humano que se configurou no maior crime da humanidade e que é a marca do princípio da colonialidade/modernidade.
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Fernanda Oliveira
Epistemologias
Latino-Americanas na Biblioteconomia e
Ciência da Informação
Contribuições da Colômbia e do Brasil
Natalia Duque Cardona
Franciéle Garcês
A responsabilidade e o desafio da Academia, desde as Ciências Sociais e em particular desde a Biblioteconomia e da Ciência da Informação, em assumir a reflexão como tarefa permanente, sobre as bases epistemológicas que dão suporte teórico a estas disciplinas, pensando-as principalmente no contexto latino-americano, apropriando-se de uma reflexão situada e com um contexto que permita a formação de profissionais íntegros com um olhar atento para seus territórios e, portanto, para sua própria cultura, não é tarefa menor. Por isso precisamos de seres humanos, mulheres e homens, formados a partir do saber, do fazer, mas fundamentalmente do ser, aquele ser que prioriza a alma e, portanto, a permeia em cada ato e em tudo que a envolve. Aquele ser que quer intentar suas ações perguntando, por exemplo, para quem estamos gerando conhecimento, para que e por que o geramos. Um ser capaz de propor outras narrativas que nos permitam passar das tradicionais do mundo ocidental às do nosso contexto. Exigimos profissionais da informação que articulem seus saberes a partir da construção de novas narrativas que possibilitem a apropriação de nossa cultura como eixo central de desenvolvimento. Esta é uma das possibilidades que encontro neste livro onde duas grandes mulheres: Natalia e Franciéle, fiéis representantes das citadas anteriormente, colocam algumas ideias no nosso caminho para que juntas e juntos possamos construir e repensar a nossa formação e a responsabilidade que temos do lugar que cada um ocupa no campo biblioteconômico.
Dorys Liliana Henao Henao
Diretora da Escola Interamericana
de Biblioteconomia
Universidade de Antioquia Colômbia
Informação na sociedade contemporânea
Luciana de Albuquerque Moreira
Jacqueline Aparecida de Souza
Gabrielle Francinne de Souza Carvalho Tanus
Organizadoras
O livro representa o resultado de um longo trabalho de docentes do grupo de pesquisa Informação na Sociedade Contemporânea (ISC) do Departamento de Ciência da Informação (DECIN) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Foram convidados também pesquisadores de outras universidades do Brasil. Assim, é também a celebração do trabalho coletivo, do comprometimento de pesquisadores de atuarem em conjunto, tanto dentro de uma instituição como também em parceria com outras instituições.
O livro está dividido em três partes, representando três dos eixos centrais que estruturam a área de ciência da informação: a comunicação científica e os estudos métricos, a organização da informação e as relações entre mediação e memória. Fundamental
destacar que, em cada uma dessas partes, há capítulos que estão sintonizados exatamente com as linhas de pesquisa mais atuais na área, relacionadas tanto às recentes configurações das dinâmicas informacionais nas sociedades contemporâneas quanto aos esforços científicos em formular categorias analíticas para a compreensão dessas dinâmicas.
Carlos Alberto Ávila Araújo
O Estado Novo no controle da Informação Cotidiana
O caso da cidade de Natal (1941-1943) a partir do Jornal A República
Fernanda Costa
Em sua obra, Fernanda Costa retoma uma temática pouco ou quase nunca explorada na CI e afirma: “por reconhecer a informação como um caminho a partir das representações em vivências, formas de olhar o mundo, formando-se, também, dentro do processo de comunicação, ancoradas na cultura, a partir da linguagem e da escrita, onde temos modos de formação de sentidos dos fatos”.
Nessa esteira de compreensão, a autora explora com profundidade a relação memória e informação cotidiana.
Considerando que os sujeitos constituem, em suas vivências, lembranças de si e de outrem, uma vez que não há acontecimentos fora dos quadros de tempo, do espaço das pessoas e sujeitos, marcas indissociáveis, esses criam enunciados que refletem um dado contexto e significado. Tudo isso corrobora a fundamentação da informação cotidiana, cerne da ação que envolve lugar e pessoas que diretamente produzem o acontecido.
Foi pautada por essa compreensão que a autora mergulha no passado varrendo o pó do tempo, possibilitando retirar do silenciamento o percurso da cultura informacional no período estadonovista. Período que calou e ocultou vozes discordantes por meio dos aparelhos de Estado a partir do jornal A República, fonte tutelada pelo Governo.
Nessa trilha de descoberta, a autora tece suas análises com base no entendimento da fonte jornalística como necessária e imprescindível à compreensão histórica do momento.
Bernardina Maria Juvenal Freire de Oliveira
Atuação dos profissionais da Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia em época de pandemia
Daniela Spudeit
Claudia Souza
Organização
Na perspectiva do esperançar, pode-se afirmar que o coletivo que assina esta Coletânea é representativo de uma Ciência da Informação que age. Mais especificamente representa o agir protagonista nas disciplinas especializadas da Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia, que se colocam na perspectiva freiriana do esperançar nossas áreas profissionais, nosso campo científico, nosso País e nosso mundo, reagindo diante da realidade que fortemente nos surpreende. Esse coletivo assumiu o desafio de encontrar os caminhos promissores de um fazer informacional que pode vir a contribuir com a construção de alternativas urgentes de humanização do encontro dos sujeitos sociais com a informação em tempo de luta contra o COVID-19, em tempo de lutas contra as informações falsas, contra a desinformação e contra a redução do acesso democrático ao conhecimento, aos saberes sociais e a produção cultural.
Henriette Ferreira Gomes
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O perfil das novas competências na atuação bibliotecária
Fabiano Couto Corrêa da Silva
Organizador
Tanto as bibliotecas físicas quanto as digitais são ambientes que servem para reunir e compartilhar documentos e informações, ensinar e treinar. Há bibliotecas que estão direcionando seus esforços na implementação de espaços dedicados à criação, disseminação e aprendizado através de conteúdos digitais feitos pelos próprios usuários, ressignificando sua própria concepção.
As tendências e os rumos que a atividade bibliotecária vem tomando tratam de oferecer tecnologia e alfabetização tecnológica às pessoas com um objetivo bastante claro: que as pessoas possam materializar suas ideias e projetos. Diante da quantidade de informação atualmente disponível os bibliotecários passaram a criar espaços com conteúdo individual e coletivo para os usuários transmitirem e também desenvolverem suas habilidades. Em relação ao espaço, é um aspecto muito importante. Deve ser flexível, aberto, permitindo que a colaboração, o trabalho em equipe e a experimentação sejam vistos como um ponto de encontro. No contexto da cultura contemporânea, é uma noção e uma experiência que se refere à geração de ideias suscetíveis de se tornarem projetos sociais e colaborativos, mediados ou não tecnologicamente.
Nos tempos atuais, onde os conteúdos são abertos e distribuídos e onde a cultura se abre para processos intensos de remixagem, o problema não está na quantidade de informações disponíveis, mas no que você faz com elas. É diante desse cenário que apresentamos a presente obra, em que bibliotecários atuantes em diversas especialidades apresentam suas atividades em contextos reais.
Fabiano Couto Corrêa da Silva
Narrativas Insurgentes
decolonizando conhecimentos e entrelaçando mundos
Claudia Mortari e Luisa Wittmann
Organizadoras
A decolonialidade que pulsa nesta obra parte de uma desobediência, de uma autêntica insubmissão contra a dominação colonial ainda vigente em sua
tridimensionalidade, nomeadamente nos campos do ser, do saber, e do poder.
Parte-se aqui, sobretudo, da assunção de responsabilidades históricas de desmantelamento de lugares de privilégio que geram opressão. Os trabalhos aqui reunidos denunciam esta ordem genocida que estratifica corpos em função dos parâmetros estabelecidos de raça, classe, gênero e sexualidades; e, ao fazê-lo, produzem narrativas insurgentes e acolhedoras, a partir do acesso a arquivos não-ocidentais que contemplam cosmovisões outras, e múltiplas formas de entender
e transformar o mundo.
Karine de Souza Silva
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Bibliotecári@s Negr@s
Pesquisas e experiências de aplicação da Lei 10.639/2003 na formação bibliotecária e nas bibliotecas
Franciéle Carneiro Garcês da Silva
Organizadora
Para prefaciar um livro como “Bibliotecari@s negr@as: pesquisas e experiências de aplicação da Lei 10.639/2003 na formação bibliotecária e nas bibliotecas”, considerando sua contribuição e suas qualidades, foi preciso entrar no diálogo estabelecido entre autoras e autores e ouvir, querendo falar, sobre o dito e o não dito em cada página. O texto faz ebulir o entendimento que se tem sobre alavras e expressões como africanidades, consciência negra, descolonização, educação antirracista, interseccionalidade, invisibilidade, mulher negra, multiculturalismo, quilombola, relações étnico-raciais, sob o contexto da necessária difusão da história e das culturas africana, afro-brasileira e indígena, através da
escola, da biblioteca e do bibliotecário, à luz do racismo praticado no Brasil.
Ana Virgínia Pinheiro
Prefaciadora
Professora da UNIRIO
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Trata-se de uma das obras inaugurais neste âmbito que poderá se transformar em literatura de referência para profssionais da Ciência da Informação, no sentido de contribuir com a construção de uma epistemologia antirracista.
Portanto, parabenizo fortemente esta iniciativa. Estou segura de que os que chegaram até aqui, nesta leitura – bibliotecários ou não – muito se beneficiaram com estes escritos que nos ajudam a enveredar no atendimento ao que é preconizado pela Lei nº 10.639/03 e no que nos recomenda bell hooks, quando nos incentiva a “Erguer a voz”.
Joselina da Silva
Posfaciadora
Professora da UFRRJ
O protagonismo da mulher na Biblioteconomia e Ciência da Informação
celebrando a contribuição intelectual e profissional de mulheres latino-americanas
Franciéle Carneiro Garcês da Silva Nathália Romeiro
Organizadoras
Precisamos reconhecer a trajetória de mulheres na Biblioteconomia e na Ciência da Informação (CI), o papel da historicidade do pensamento de mulheres, sobretudo as mais periféricas e subalternizadas, na formação do campo da CI no mundo e fundamentalmente no Brasil. Apesar da produção sobre as problemáticas que gravitam em torno da multicategoria “MULHER” estar crescendo, ainda existe um caminho árduo e longo, dentro ou fora da academia para ultrapassar as resistências também crescentes a esse movimento. Por colocar os saberes construídos por mulheres no centro da academia, mais uma vez reforço a importância desta obra e sua singularidade no campo da CI.
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Leyde Klébia Rodrigues da Silva
Pessoas, travessias e encontros
dinâmicas atuais da migração sul-sul
em Santa Catarina
Karine de Souza Silva
Jonatan Carvalho de Borba
Juliana Müller
Organização
Os diferentes artigos do livro descrevem as características das populações de imigrantes na grande Florianópolis, a partir de dados reunidos no âmbito dessas iniciativas. Em seu conjunto, o texto permite ao leitor conhecer melhor o perfil migratório do estado, dentro das particularidades metodológicas dessa estrutura de informações. Além disso, os capítulos estão coloridos com os tons da experiência de quem trabalhou no acolhimento aos imigrantes e conhece, portanto, as angústias e esperanças de quem deixa seus países em busca de uma vida melhor. São, dessa maneira, números interpretados por quem viveu experiências suficientes para entender o que significam. Esse é um distintivo que perpassa toda a obra, em comparação com outras, que a torna importante subsídio para a formulação de políticas migratórias no Sul do país.
Parabéns aos autores e organizadores e àqueles que se empenharam de alguma forma no acolhimento aos imigrantes.
Bom proveito aos leitores.
Professor Daniel Ricardo Castelan
A perspectiva social nos estudos de usuários em arquivos, bibliotecas e museus
teoria e prática
Andreia Sousa da Silva
Fernanda Frasson Martendal
Organizadoras
Temos aqui um conjunto de pesquisas empíricas e discussões teóricas com significativa possibilidade de contribuição geral para os conhecimentos científicos a respeito dos fenômenos informacionais e, dentro deles, da perspectiva dos usuários. E os usuários, sempre é bom lembrar, são o centro de toda a atividade profissional, institucional, tecnológica e científica no campo da informação!
Carlos Alberto Ávila Araújo
Universidade Federal de Minas Gerais
A primavera não-binárie
O protagonismo trans não-binárie
no fazer científico
Morgan Morgado
Organização
O projeto “A primavera não-binárie: protagonismos trans NB no fazer científico” tem um peso histórico que talvez nem consigamos mensurar nesse instante que escrevo. Trata-se do início de um movimento de libertação dos corpos. Um grito que fora ouvido pelas pesquisadoras do Selo Nyota, organizado pelas mãos de Morgan Morgado, tocado e costurado entre contribuições diversas e movido por um sonho.
Nas páginas que se sucedem, você conta com uma oportunidade nunca antes vista no cenário nacional. Arrisco mesmo a dizer que nem no cenário mundial. Pelas palavras de diferentes pessoas não-binárias, reivindicando seu lugar de protagonismo no fazer científico, você encontrará expostas verdades que um sistema inteiro NÃO QUER que você saiba e que foram negadas por séculos de colonização e pós-colonização a fio.
Lembre-se do poder da ruptura. Se eles são donos do padrão que por muito tempo nos silenciou, será aqui e agora que ocorrerá sua queda, por nossas mãos e vozes. O livro “A primavera não-binárie” é muito mais do que uma simples coletânea de produções científicas de pessoas que “se identificam como não-binárias”. Trata-se de um marco na história de corpos que foram historicamente apagados desde que Brasil é Brasil. É a reinvenção de um espaço de fala negado.
Urse Lopes Brevilheri
A educação das relações étnico-raciais e o
ensino de História
Propostas de implementação em sala de aula
Carina Santiago dos Santos
O livro escrito por Carina Santiago se insere neste contexto, já que, ao mesmo tempo em que apresenta perguntas instigantes e novos desafios para educadores, escolas e para a formação inicial e continuada de docentes, contribui para a criação e aprimoramento de novas práticas pedagógicas, especialmente na interface dos campos da Educação das Relações raciais (ERER) e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Tanto as reflexões teóricas sobre a EJA e sobre a ERER, quanto as sugestões de atividades a serem desenvolvidas no âmbito das relações raciais, da história da África e dos africanos e dos afrodescendentes no Estado de Santa Catarina são motivos mais que suficientes para recomendar a leitura deste livro. Além disto, embora tenha como foco a história da cidade de Desterro, atualmente Florianópolis, as reflexões teóricas apresentadas pela autora, possibilitam que seus insights e suas sugestões sejam perfeitamente aplicados em outros contextos geográficos, problematizando aquilo que Chimananda Adichie tem chamado de "O perigo das histórias únicas".
Por fim, creio que as lições deixadas pelo presente livro reforçam, em nós, a compreensão e certeza de que o aprendizado sobre história e cultura africana e afro-brasileira não deve se restringir a uma demanda profissional de docentes dos campos de história, geografia ou literatura ou, por outro lado, tomado como compromisso exclusivo de negros e negras, professores e/ou militantes. Como destaca a própria autora, na parte final da introdução, “a apresentação de experiências de populações de origem africana para além da escravidão, humanizando e evidenciando modos de vida estruturados a partir de necessidades diversas ao sistema ocidentalizado” foi orientada por uma preocupação de “que o texto contribua efetivamente para uma escola mais plural e acolhedora, e que os sujeitos se sintam valorizados em seu pertencimento étnico-racial”.
Prof. Dr. Rodrigo Ednilson de Jesus
Universidade Federal de Minas Gerais
Repensar o Sagrado
as tradições religiosas no Brasil e sua dimensão informacional
Diogo Jorge de Melo
Luane Bento dos Santos
Nathália Lima Romeiro
Thayron Rodrigues Rangel
Organização
Com a devida vênia das diversas matrizes e tradições que o livro aborda, podemos afirmar que o livro documenta como as três Marias da organização do conhecimento – Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia – e a Ciência da Informação vêm sofrendo a intervenção do axé de sete Exus. Sete porque este número simboliza o dinamismo da dialética que Exu incorpora: o contraditório, a polêmica, o embate que resulta na síntese, constituindo o movimento da comunicação.
Abrir os caminhos para a transformação é função de Exu, e este livro documenta a transformação dessas áreas do conhecimento.
Conhecidas como três Marias, elas se assumem como pombagiras e se tornam Marias Mulheres capazes de transgredir a ordem estabelecida e fazer soar o “toque libertador da indisciplina” que nos convoca a ajustar os descompassos e preencher as lacunas inscritas pelo legado colonialista nas conceituações e metodologias dessas disciplinas.
Elisa Larkin Nascimento
Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO)
Deslocamentos
Estéticos
Roberta Maria Ferreira Alves
Wellington Marçal de Carvalho
Organização
A escravização de homens africanos deu origem à diáspora afro-brasileira, afro-americana e outras que, das suas lutas, fizeram surgir escritos que há séculos vêm atravessando as sociedades. Relegadas ao segundo plano, esquecias porque menores, impuras e for dos parâmetros do cânone, esses escritos conhecerão os ventos da mudança.
Novas ideias abrem pistas vanguardistas, um pouco pelo mundo, com participação das universidades, enquanto centros de pesquisa e de construção da massa crítica.
No âmbito de estudos realizados pelo mundo e no Brasil, em especial, Grupos de Trabalho mostram-se a corresponder a uma necessidade de conhecimentos novos, a uma curiosidade científica que se vai ampliando às dimensões do mundo novo que se constrói. Tentativas de busca e novos quadros de referência, de transformação de apriorismos metodológicos. Essa busca leva, pela análise de modelos culturais, à construção de operadores teóricos que trazem à tona elementos de interligação e que por isso também constituem elemento agregador, com uma particularidade especial por apelar à dialogia.
Esta obra apresenta-se como um lugar de falar, espaço multidisciplinar, de interculturalidade e de intertextualidade que a diáspora proporciona também. Um campo de análise e interpretações textuais que apontam para a ousadia de enfrentar a ordem estabelecida pelo cânone. O que é puro? O que reproduz a ordem, o que define o caos? A raiz que penetra fundo na terra ou o rizoma que se desdobra em vários liames?
Odete Maria da Costa Semedo
Práticas informacionais em diálogo com as ciências sociais e humanas
Gabrielle Francinne de S. C. Tanus
Janicy Aparecida Pereira Rocha
Ilemar Christina Lansoni Wey Berti
Organizadoras
Na conjuntura brasileira deste ano de 2021, publicar um livro coletânea que reúne o trabalho de uma importante rede de autores e autoras vinculados a diversas universidades do país, em diferentes estágios de experiência acadêmica, é um projeto renovador e fortalecedor do compromisso científico e educativo com a pesquisa, que articula conceitos e métodos das Ciências Sociais e Humanas no estudo das práticas de informação e suas mediações, numa perspectiva interdisciplinar, além da reunião de contribuições de leituras do campo informacional em revisões da literatura em amplitude internacional.
A obra, composta por dezessete capítulos, convoca autores que têm se distinguido no estudo dos conceitos de usos, usuários e práticas de informação, referências na perspectiva epistemológica da revisão conceitual de teorias e modelos das Ciências Sociais e Humanas aplicados à leitura dos fenômenos informacionais. Porém a sua riqueza mais evidente consiste em reunir diferentes abordagens das práticas informacionais e sua rede conceitual, desde aquelas mais diretamente teóricas, as quais convocam autores e conceitos de outras disciplinas, até aquelas com foco mais diretamente direcionado para objetos concretos, além de abordagens das práticas da informação no universo digital.
Regina Maria Marteleto
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Desvendando o
véu da opacidade
a representação da mulher nos arquivos públicos brasileiros
Maria Ivonete Gomes do Nascimento
Este livro certamente irá preencher uma lacuna importante na bibliografia sobre as questões de gênero no campo da Ciência da Informação, em especial para a Arquivologia. Os arquivistas irão se beneficiar amplamente dessa pesquisa, particularmente no que diz respeito à descrição, uma das funções arquivísticas que permitem ao usuário saber o conteúdo dos fundos de arquivo, sabendo-se que os instrumentos de pesquisa cumprem o papel de mediadores das informações contidas nos arquivos.
Este livro, como conclui a autora, mostra que a “prática arquivística da descrição” pressupõe a ampliação do olhar dos profissionais da informação, que não silenciem nenhum grupo social, no caso em exame, o das as mulheres; que, em vez de contribuir para a invisibilidade de grupos normalmente marginalizados, eles façam o caminho inverso, isto é, usar os seus conhecimentos teórico, técnico e metodológico para lhes dar visibilidade.
Georgete Medleg Rodrigues
Prefaciadora
Bibliotecáris@s Negr@s
Perspectivas feministas, antirracistas e decoloniais em Biblioteconomia e Ciência da Informação
Franciéle Carneiro Garcês da Silva
Organização
Este livro é um convite à reflexão amparada em vivências e experiências de pesquisas aqui postas como uma convocação, presente nas palavras da organizadora da obra ao afirmar “[...] continuamos evidenciando o protagonismo de pessoas negras bibliotecárias e fomentando a luta por justiça epistêmica por aquelas pessoas que vieram antes de nós e aquelas que virão quando não estivermos mais aqui [...]”.
Tenciono que as informações suscitadas nas páginas deste livro possam despertar nas pessoas leitoras um novo olhar sobre as temáticas aqui abordadas.
Izabel França de Lima
Prefaciadora
Modelo de servicios bibliotecarios domiciliarios para
población con discapacidad
una propuesta desde Biblioteca en Casa
Santiago Velásquez Yepes
Natalia Duque Cardona
Organizadores
"Ponemos en sus manos una caja de palabras que, como todo libro, es la invitación a un viaje. Nuestra intención es revisitar el camino de la experiencia que nos ha llevado al encuentro con el acontecimiento, con la revelación de lo humano que se expresa en la relación entre biblioteca y discapacidad. Nos dejamos llevar por el acto de crear, entre-leernos y tejer ideas, recuerdos y emociones con apertura a la serendipia, los hallazgos afortunados. Los descubrimientos que nos propicia indagar por lo humano de dicha relación tienen la arquitectura de lo azaroso y lo inesperado. Iniciamos el viaje con la pregunta por los múltiples significados del título de la presente obra: Modelo de servicios bibliotecarios domiciliarios para población con discapacidad: una propuesta desde Biblioteca en Casa."
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​Equipo de Investigación
Sistematización Biblioteca en Casa
Leitor, leitura e
seus contextos
livro de estudos
Lígia Maria Moreira Dumont
Ismael Lopes Mendonça
Organizadores
Escrever sobre leitura nunca foi tão necessário,
tendo em vista os desafios que a humanidade tem enfrentado e a liberdade que o ato de ler nos proporciona. O século XXI [...] se mostra como uma “era de impactos”. Como afirma Michèle Petit, é possível dizer que o mundo inteiro é um “espaço em crise”. As dificuldades e incertezas, vivenciadas pela sociedade contemporânea, afetam profundamente a condição humana e sua existência. Fato que se observa no enfrentamento dos radicalismos geradores de problemas sociais, culturais, políticos, econômicos, religiosos e de saúde. Nessa dinâmica, a leitura se apresenta como formas de ver e estar no mundo, com suas singularidades e repertórios culturais manifestados nas representações individuais e coletivas e na sociabilidade dessas relações.
LIDIA CAVALCANTE, prefaciadora
Toda essa multiplicidade de cenários, além de reforçar a dimensão social da leitura – uma das principais contribuições da presente obra – dá a ver, também, uma abertura para a investigação das práticas leitoras em diferentes contextos e a partir de abordagens multidisciplinares, demonstrando com clareza que tanto o leitor quanto a leitura podem ser analisados a partir de uma dimensão informacional.
FABRÍCIO SILVEIRA, posfaciador
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